O novo código da saúde global instalou-se também na prática veterinária.

Vivemos numa era global em que já não é possível separar a saúde dos animais, das pessoas e do planeta.

One Health é o nome deste novo entendimento. Uma abordagem integrada que reconhece, com base científica e urgência política, que o bem-estar de todas as espécies está interligado. Uma zoonose num mercado asiático pode tornar-se uma pandemia global. Um antibiótico mal administrado numa exploração pode comprometer a medicina humana. Um desequilíbrio ambiental pode gerar riscos sanitários imprevisíveis.

One Health não é uma ideia nova. É a nova forma de pensar. E já está em marcha.

De onde vem...e para onde nos leva?

Desde a primeira escola veterinária, em 1761, que os profissionais da saúde animal participam nos grandes marcos sanitários. Mas só no século XXI esta ligação se institucionalizou com força global.

Hoje, organizações como a OMS, FAO, WOAH e UNEP trabalham em conjunto sob o modelo One Health, com uma agenda clara:

• Reduzir a resistência antimicrobiana

• Controlar zoonoses e pandemias

• Integrar ambiente e saúde numa só política

• Tornar o conhecimento técnico um bem aplicado

E em Portugal?

A medicina veterinária portuguesa já entrou neste caminho. Com exemplos como:

• A integração no Conselho Nacional de Saúde

• O ICBAS e os seus programas académicos One Health

• O novo regulamento europeu de antibióticos que redefine a prescrição

• A valorização da rastreabilidade ambiental dos medicamentos

Mas ainda há desafios:

• Falta de partilha de dados entre setores

• Necessidade de formação transversal

• Logística e produtos ainda pouco adaptados ao novo paradigma

O que muda na prática?

• A prescrição deixa de ser apenas clínica, passa a ser ecológica, regulada e estratégica.

• Os distribuidores e clínicas precisam de rastrear, prevenir, educar.

• A vigilância de doenças, o uso de vacinas, os protocolos de biossegurança tornam-se temas de gestão diária.

One Health exige alianças novas

One Health não se aplica a solo. Pede redes de confiança, parceiros atentos, conhecimento aplicado e sistemas que funcionem — sem fricção.

É aqui que a SOPRO assume o seu papel: entregar fiabilidade e ciência aplicada a quem está no terreno. Mais do que fornecer. Contribuir. Antecipar. Estar lado a lado.

Porque One Health não é só uma agenda institucional, é um compromisso de todos nós que vivemos este setor.